Conheça as competências do profissional da indústria 4.0

As revoluções industriais são eventos importantes. Pela maioria dos cálculos, houve apenas três. A primeira foi desencadeada pela máquina a vapor comercial e o tear mecânico, em 1700. O aproveitamento da eletricidade e da produção em massa desencadeou a segunda, por volta do início do século XX. O computador colocou a terceira em movimento após a Segunda Guerra Mundial.

Pode parecer muito cedo para proclamar que a quarta revolução industrial, estimulada pela tecnologia digital interconectada, começou. Mas quando você olha de perto para o ritmo rápido da digitalização na indústria hoje, o nome “Indústria 4.0” não parece de todo exagerado.

Neste artigo, você vai entender melhor do que se trata a Indústria 4.0 e o que você precisa conhecer para atuar profissionalmente nesse cenário. Veja!

O que é a Indústria 4.0?

O termo Indústria 4.0 se refere à combinação de várias inovações importantes na tecnologia digital, todas chegando à maturidade agora, todas preparadas para transformar os setores de energia e manufatura.

Essas tecnologias incluem:

• robótica avançada;
• IA (Inteligência artificial);
• sensores avançados;
• cloud computing;
• a Internet das Coisas;
• captura e análise de dados;
• fabricação digital (incluindo impressão em 3D);
• software-as-a-service e outros novos modelos de marketing;
• smartphones e outros dispositivos móveis;
• plataformas que usam algoritmos para direcionar veículos motorizados (incluindo ferramentas de navegação, aplicativos de passeio compartilhado, serviços de entrega e de passeio e veículos autônomos);
• e a incorporação de todos estes elementos comunicando-se de forma transparente entre sistemas numa cadeia de valor global partilhada por muitas empresas de muitos países.

Essas tecnologias são muitas vezes pensadas separadamente. Mas quando unidas, elas integram os mundos físico e virtual.

Como uma empresa ingressa na Indústria 4.0?

Para uma fábrica ou sistema ser considerado parte da Indústria 4.0, deve incluir:

• Interoperabilidade: máquinas, aparelhos, sensores e as pessoas que se conectam e se comunicam uns com os outros.
• Transparência da informação: os sistemas criam uma cópia virtual do mundo físico por meio de dados de sensor, a fim de contextualizar a informação.
• Assistência técnica: tanto a capacidade dos sistemas para apoiar os seres humanos na tomada de decisões e resolução de problemas quanto a capacidade de ajudá-los em tarefas que são demasiadamente difíceis ou perigosas.
• Tomada de decisão descentralizada: a capacidade dos sistemas cyber-físicos para tomar decisões simples por conta própria e se tornarem mais autônomos.

Como os profissionais são afetados?

Essas tendências avançadas na produção não afetam só processos industriais, mas, ainda mais, as pessoas que trabalham nas fábricas. As pessoas e a tecnologia serão mais interligadas do que nunca.

Tais mudanças exigirão que os funcionários da Indústria 4.0 possuam habilidades interdisciplinares que unem as qualificações clássicas de mecatrônica com sólidos conhecimentos de TI e altos níveis de competência social.

Para que a Indústria 4.0 tenha êxito, a formação e qualificação de trabalhadores terão de ser adaptadas às novas necessidades da produção digital. Dentre outras coisas, isso afetará:

• o uso de dispositivos terminais móveis, como tablets e smartphones, em produção;
• planeamento e organização da ligação em rede dos componentes e módulos do sistema inteligente;
• integração de instalações em sistemas ERP;
• rede vertical de locais de produção em toda a cadeia de valor agregado por meio do mundo virtual online.

Os funcionários desempenharão um papel importante como solucionadores de problemas, especialistas experientes e tomadores de decisão dentro dessas redes de trabalho que consistem em sequências de produção virtuais e mecatrônicas.

Eles continuarão a ser insubstituíveis ​​no futuro como geradores de ideias e no desenvolvimento de novos produtos e processos de trabalho, habilitando suas capacidades e habilidades para evoluir continuamente como recursos essenciais.

O trabalhador que usa suas mãos para moldar uma peça de motor específica em breve fará a mesma coisa em um espaço de realidade aumentada ou virtual. O empregado colocando caixas de armazém em pilhas usará um joystick para apontar a empilhadeira.

A grande parte das habilidades de trabalho atuais podem apenas precisar de uma atualização em vez de uma revisão completa.

Em outras palavras, Indústria 4.0 não é sobre a destruição das eras anteriores. Ela está adaptando ferramentas, infraestrutura e habilidades prévias para tirar pleno proveito da Internet das Coisas.

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